quarta-feira, 2 de abril de 2014

O LUSTRE DO PALACETE PINHO

1978, trinta e seis anos se passaram e não esqueci daquele lustre.
Fui ao leilão do Palacete Pinho. Lustres maravilhosos, empoeirados, braços deslocados do lugar, teias de aranhas quase ocultavam a beleza e o brilho das peças. Um senhor comprou, um ex-senador comprou uma das peças.
Um dia, andando pelos antiquários de Belém entrei na loja e oficina do Sr. Elias Ohana, um grande conhecedor e restaurador de lustres na época.
No antigo casarão da Rua 28 de Setembro, preso por correntes ao teto, um imenso lustre de mais de 1,70 de altura, lindo, brilhava, estava sendo restaurado pelo saudoso mestre.
Como éramos "conhecidos" ele me segredou, era do Palacete Pinho e pertencia agora ao Sr. Oziel Carneiro.
Cheguei a ver a foto do lustre em um dos jornais da cidade na sala em forma circular do saudoso empresário e ex-político. Nunca mais o vi, a memória já nem conseguia mais visualizar a forma da peça.
Cristal da mais pura origem, salvo engano Baccarat. Tulipas maravilhosas, um lustre inesquecível.

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